Baixada Fluminense/RJ.
Baixada Fluminense enfrenta explosão de sífilis congênita.
De fácil detecção e tratamento, doença prolifera entre gestantes jovens; na principal maternidade da região, que faz até 20 partos por dia, 40% dos recém-nascidos estão contaminados
Fotografia: Kelly Lima/Eder Content
Baixada Fluminense/RJ. Baixada Fluminense enfrenta explosão de sífilis congênita. De fácil detecção e tratamento, doença prolifera entre gestantes jovens; na principal maternidade da região, que faz até 20 partos por dia, 40% dos recém-nascidos estão contaminados Fotografia: Kelly Lima/Eder Content

A explosão de sífilis congênita na Baixada Fluminense

Baixada Fluminense enfrenta explosão de sífilis congênita De fácil detecção e tratamento, doença prolifera entre gestantes jovens; na principal maternidade da região, que faz até 20 partos por dia, 40% dos recém-nascidos estão contaminados. Fotografia: Kelly Lima/Eder Content/

Fotografia: Kelly Lima/Eder Content

 

Aos 22 anos, D.* deu à luz seu terceiro filho, no final de março, na Maternidade Municipal Mariana Bulhões, em Nova Iguaçu (RJ). Pela terceira vez, ela ficou internada após o parto para tratar o bebê recém-nascido com sífilis. “Desde o primeiro filho, eu tive que tratar a doença. Eu já tomei benzetacil, mas não me curei”, afirma a manicure. No hospital em que D. fez seu parto, nasceram cem bebês com sífilis congênita por mês, em média, entre setembro de 2016 e fevereiro deste ano. Nesse período, 603 grávidas testaram positivo para sífilis.

O número –que não inclui gestantes que já chegam à maternidade sabendo que têm a doença– confirma a escalada da sífilis congênita na Baixada Fluminense: são 15 casos a cada mil nascimentos na região. Dados do Boletim Epidemiológico de 2016 do Ministério da Saúde mostram que o Rio de Janeiro é o Estado com a maior taxa de infecção no país, com 12,4 casos a cada mil nascimentos. É o dobro da média nacional, que é de 6,5 casos a cada mil nascimentos. A meta de infecção por sífilis da Organização Pan-Americana de Saúde é de 0,5 caso a cada mil nascimentos.

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