Grafites no muro que cerca o Cais José Estelita, no centro do Recife, convocam para o movimento.
Grafites no muro que cerca o Cais José Estelita, no centro do Recife, convocam para o movimento.

Desculpe o transtorno, estamos ocupando

Grafites no muro que cerca o Cais José Estelita, no centro do Recife, convocam para o movimento.

Grafites no muro que cerca o Cais José Estelita, no centro do Recife, convocam para o movimento.

O Aurélio, já bem desgastado, parece não ter dúvida: o verbo ocupar pode ser sinônimo de trabalhar, tomar posse, conquistar. O adjetivo desocupado, por sua vez, carrega uma carga pejorativa, designando o sujeito que não tem profissão nem interesse de arranjar. Nos últimos tempos, ele vem sendo usado como rótulo para os envolvidos nos novos movimentos sociais. Gente responsável por conferir outros significados àquelas palavras, além do que o dicionário e os críticos conseguem alcançar. No Recife, em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Natal e em outros cantos do país, milhares de pessoas estão ocupadas e preocupadas em “ocupar”. Descontentes com a lógica dos centros urbanos, elas têm se unido em mobilizações voluntárias para (re)descobrir os espaços públicos e mudar as formas de ver e viver a cidade. E você, continua aí no seu “quadrado”?

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